A maioria das reportagens sobre o escritor britânico Clive Barker começa com a frase de Stephen King que o projetou definitivamente no cenário da literatura de terror. Então decidi que não irei citar a frase.
Barker nasceu em Liverpool em 1952, formado em filosofia e letras é escritor , realizador de cinema, pintor e dramaturgo. As coincidências com outros autores de terror começaram cedo, nasceu na mesma cidade Ramsey Campbell e morou na mesma rua onde Peter Straub escreveu Ghost Story (Os Mortos-vivos). No início da década de 80 após ler Dark Forces (uma compilação de Kirby McCauley reunindo talentos como Ray Bradbury, Ramsey Campbell, Joyce Carol Oates, Dennis, Etchinson, etc.), resolveu que tentaria escrever história de terror. As primeiras cinco histórias foram aceitas pela editora inglesa Sphere Books, surgia então Os Livros de Sangue. Mas foi somente quando Stephen King elogiou a coletânea e seus livros lançados nos Estados Unidos que sua carreira decolou.
O trabalho de Barker causa desconforto e tensão além de ser permeado de humor negro e sabedoria. Apesar de declarar que não é bem afinado com Poe revela que nele encontrou a fonte inicial de inspiração e resolve homenageá-lo com o conto que encerra o volume II dos Livros de Sangue “Os Novos Assassinatos na Rua Morgue”. Mas se você pretende ler o referido conto de Barker, sugiro que leia primeiro o conto de Poe porque Barker resolveu revelar o final do conto. È uma grande homenagem que deve ser lida como uma comédia macabra.
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